segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Salve, Baramar!

Oi pessoas!
Como foram de Natal? Não vamos comentar o meu tá? rs...

O que me leva a escrever hoje foi uma energia antiga (mentira - textos escritos por mim anos atrás...) e lembrando da época, me questionei onde está a mulher forte e determinada que eu era.

Entre vários devaneios lembrei de uma "antiga" história(idos de 2004) , de criação desconhecida (desconfio de quem seja a autoria... mas não tenho certeza!) E levada adiante por um pequeno grupo de amigos...

Baramar é um local secreto, localizado na parte norte da ilha-continente de Phyros, um enorme deserto no mundo de Mada. Lá se encontra a Tribo de Baramar, formada apenas por mulheres guerreiras. **

[sic - Cronicas de Baramar; blog já extinto]


Bom... dessa tribo pouco se sabe e se ela ainda existe.

Naquela época eu andava com as Guerreiras mas não me intitulava uma delas - não sabia se merecia o título. Mas ao encontrá-las sempre as saudei da forma correta "Salve, Baramar!"

Céus... me sentia imbatível, intocável, indestrutível... Atualmente?? Não vamos entrar muito no mérito, tá?

Mas hoje acordei com o espírito de Baramar! e assim assumo os Dogmas da tribo e brado para os quatros cantos da terra ouvir e temer!!

E SALVE, BARAMAR!


Post nada a ver pois eu estava pensando como falar pra vcs que fiz a tatto que eu queria fazer a eeeeras!
Taí fotinho dela!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Motivação II

OI Pessoas!

Aparentemente eu estou imersa em outro nível nessa caminhada de emagrecimento. Novamente, eu atropelei a causa e fui atrás da consequencia, (achando que já tinha resolvido a causa... paciência...)

Parece que TODO MUNDO resolveu falar de motivação... Ou pelo menos todos a minha volta... outro dia eu escutava o programa 2 em 1 ( e faz séculos que eu não escuto devido à músicas de bandinhas coloridas.. ) e eles falavam exatamente sobre isso: A motivação vem de dentro... a motivação é interna... e mais algumas coisas que não vem a caso (mentira: eu não me lembro mesmo rs...) falar.


Voando no twitter encontrei esse artigo da boa forma, que menciona exatamente o que eu estou vivendo hoje. Aqui eu mencionei que eu não tinha a resposta do porquê eu estou gorda. Bom... querem saber? Ainda não tenho a resposta. Isso talvez explique o porque eu esteja balançando, gangorrando e o peso não cede.

Esses dias eu tenho "balangado" muito... Cabeça dói, estômago dói, tenho vontade de chorar o tempo todo e me sinto sozinha. Isso foi o suficiente pra jogar o SPADAY - Emagrecendo de vez pro alto assim como a minha resolução de parar de tomar refrigerante. É uma luta mais que desgastante... tentar seguir e não deixar que as coisas a sua volta não interfiram nas outras áreas da sua vida... tentar não me "auto-punir" por ações que não são minhas e que eu não tenho nada a ver. Eu estou abatida (do verbo estar no chão) pois me afeta. Não deveria deixar mas me afeta.



Gostaria de agradecer as pessoas que comentaram no meu ultimo post... Era um dos textos que eu tinha engatilhado pra publicação...
Ando muito pra baixo pra escrever textos legais... talvez finalmente o "inferno astral" me pegou de jeito...
Se alguém quiser me dar esse livro aqui de natal eu aceito viu? eu tou precisando...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pequenas descobertas...

Descobri que...
... se eu tomar uma latinha de que quer que seja em um copo, ela rende muito mais.
... não comer após as 8hrs da noite faz com que eu durma muito melhor.
... uma boa lista de música manda o desanimo e a desmotivação pra longe!
... que atividade física de manhã faz o dia parecer mais proveitoso.
... que água mata caraminholas. Por isso, banho de piscina/cachoeira/chuva/mar uma vez por semana, no mínimo!!!!
... suco é bom, a fruta é melhor.
... uma/fatia/parte de fruta mata a minha vontade de comer doces pelo resto do dia.
... leite desnatado, arroz integral e pão preto é uma questão de costume e não de gosto.
... ter doces em casa não é sinonimo de comê-los.
... telinhas agitam (computador/televisão), trabalhos manuais acalmam.
... dá sempre pra comer mais peixe que carne vermelha.
... contato visual mantem os laços afetivos fortes.
... refrigerante zero e sopinhas de caneca demais provocam retenção líquida.
... com cebola e alho, pra que sal?
... pequenas coisas e atos dão grandes sorrisos e eternas memórias.
... ser criança uma vez ou outra não me faz ridícula e é libertador.

... parar as vezes é necessário pra decidir que rumo seguir.
... eu posso não escolher a família que tenho, mas posso escolher o tipo de relação que vou ter com ela.
... viver com medo, é viver pela metade.
... e, principalmente, se eu viver me importando com que os outros pensam, eles viveram a minha vida por mim.

escrito por mim...


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Motivação

Olá pessoas! Bora um post pra botar a cacholinha pra pensar?


Recentemente li uma reportagem da galileu. "O que te motiva?" (Ed. 239, Junho de 2011 - trecho aberto aqui) Ela foi mais uma dessas que a gente acha que vai achar o "milagre".  Nada ali foi escrito além do que eu ja sabia - os tipos de motivação, que o modelo de motivação do século passado prêmio/punição não funciona mais e blé, blé, blé... (vale a leitura de qq forma...)

O que me fez pensar: O que me motiva pra emagrecer? Pois pensando em pormenores para emagrecer precisamos fazer AF e consumir menos calorias...
Vamos repassar a logística pra isso?

Tenho que encontrar pelo menos 2 horas/dia pra um ciclo de AF completo — considerando deslocamento, a atividade em si; isso se eu fizer só 1 hora; e a rotina necessária pós-atividade (banho, troca de roupa...). Além de manter uma certa assiduidade/frequencia para ter algum resultado. Tenho que encontrar pelo menos 3 ou 4 minutos pós cada refeição/lanche pra manter um diário alimentar — caso eu decida pelo sistema de contagem OU tempo pra planejar e preparar um cardápio caso eu decida pelo planejamento alimentar. O Planejamento demanda mais tempo no ciclo de preparação. A contagem exige tempo pós refeições, sem falar que no fim do dia terei que bater os resultados para ver se estourei ou não o meu limite diário. Isso dá... umas 4 ou 5 horas/semana? (Independente do plano alimentar que eu escolher).

Canseira só de ler, né? sendo que pra quebrar dieta é daqui pra ali como foi comentado na super do mês passado que eu mencionei no post passado pois está intimamente ligado com a questão de motivação do porque resistir a algo agora por algo melhor mais pra frente.

Imagem retirada daqui
Quem vai ganhar? Tam tam dãm!!!
Vivemos numa época onde o imediatismo impera - quero emagrecer pra ontem, mas também não quero abrir mão da comemoração/confraternização/deliciosa refeição de agora. Nesse ponto, pra que lado correr?

A sensação de ser dividida em 2 e começar uma batalha na sua cabeça(mesmo que ela dure nanosegundos, ela ocorre.) O que vai ter dar mais prazer? um corpo magro daqui a algum muito tempo ou aquela tentação sendo engolida e digerida em minutos segundos?  O que está mais fresco na sua mente? Um elogio de qto vc emagreceu//critica por ter engordado ou a lembrança do sabor/sensação que a tentação na sua frente dá?


A partir daí o trabalho psicológico é importante pois são nessas batalhas que se faz a diferença. Se você não faz essa "preparação" normalmente o time do AGORA ganha. Não vamos tratar somente de visualização. Trabalhar também com emoção e sensação são importantes pra fortalecer o lado desejado. É aquela velha história dos lobos. Lobo bom, Lobo Mau... quem é o mais forte? aquele te vc alimenta com mais frequência.

O Lado do agora começa a prevalecer qdo vc começa a encarar o processo de emagrecimento como uma tortura, privação e obrigação... "Puxa! tou fazendo isto, isso e aquilo e não tá dando certo! Não tou emagrecendo e [...]" começa a crescer a decepção... Daqui a pouco começa a bater a sensação de injustiça porque todos a sua volta estão comendo e vc não "pode" [...] Daí vem aquela coisa - só um não faz mal e a ela se juntam as vozes dos que estão a sua volta.
A quem você está alimentando nessa situação?


Pessoas, as festas estão aí só lembrando: o que te engorda não é o que vc come entre o Natal e o Ano novo e sim o que vc come entre o ano novo e o Natal!

Beijocas e boa semana!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

BLITZ! Documento!

Oi pessoas!
Vamos sair um pouco da temática de dieta (por favor?)
Eu na verdade ia comentar sobre a matéria da superinteressante "Por que é tão difícil resistir a tentações?"... bom eu ando meio cansadinha desse mesmo assunto então vamos falar sobre coisas divertidas!!!!
Esse fds o digníssimo marcou uma noitada com os amigos e estes dispensaram as digníssimas... Euzinha, ia ficar (sábado à noite) chupando o dedo em casa? NÃÃÃÃÃÃO!!!!
a Lu e eu...
Minha linda maninha(a Lu), conseguiu um convite pra mim pra assistir nada mais nada menos que BLITZ!!!!
Depois de um sábado corridíssimo, a gente foi (debaixo de chuva) assistir o show... Nem vou falar muito qual foi a minha sensação ao ver o Evandro Mesquita de pertinho! Ah sim, galerinha... o show foi em lugar coberto com direito a mesas pra descansar, né???

Tocaram algumas músicas novas, muitas antiguinhas... Pulei, cantei até (fiquei sem voz no dia seguinte)

Vamos aos clicks!!!
Tem mais fotos, gente... mas é só pra não deixar esse post cansativo senão ninguém lê...

Pras as pessoas d'além-mar, BLITZ é uma banda dos anos 80, que fez muito muito sucesso pelas terrinhas brasileiras. Querem saber mais é só jogar no youtube e curtir as músicas... ô túnel do tempo!!!!
Longe de casa
Há mais de uma semana
Milhas e milhas distante 
Do meu amor 
Será que ela está me esperando 
Eu fico aqui sonhando 
Voando alto perto do céu!
êhe tempinho boooom!!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Decidi por voltar...

Oi Pessoas!
Bom... como vocês mesmo falaram: desistir não leva a nada. Agradeço imensamente as blogueiras que deixaram os pitacos no post anterior...


Se eu desistir de mim, quem vai lutar então?
Resolvi dar um profundo suspiro e re-re-re-começar.
O Plano? é o Emagrecer de vez, minha bike(sim meninas, comprei uma bike) e as minhas pulseiras - (que eu postei uma foto de uma delas aqui) Se a Andrea Hulewicz(ex-Dea Aoki) pode ter um anel do compromisso por que eu não posso ter pulseira?

Determinada a dar MEIO passo de cada vez, publico que vergonhosamente cheguei aos 97 kgs.  (Mi, vc disse: quem consegue chegar ao 8 kgs em um ano? pois é - eu também consegui. Só que eu não parei com o blog! )

Bom... agradeço de montão o meu amigo/companheiro/que sempre lê o blog, mas não comenta publicamente, mas me apoia a cada empreitada, seja ela qual for...

Beijos e boa semana!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Será que eu volto?

oi Pessoas...

Quem acompanha o HTQE viu que a "cobaia" se rebelou e fugiu do Laboratório. Piadas a parte, eu não tenho certeza de que se vou voltar (ou se quero voltar). Engordei de novo. e Muito. E esse frio/chuva não me anima a sair da cama e colocar o traseiro no presente caro que eu ganhei. Não me anima a fazer planejamento alimentar, muito menos diário. O que dirá cozinhar??
Pela 7476497393 vez nesse ano vontade de jogar tudo pro ar e viver de luz.
Não sei o que mais me entristece: a perspectiva de desistir ou de continuar tentando.
Nessas horas só tem um mote que me faz seguir em frente...
Noé, me salva?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Revoltei-me...

Affs... Revoltei-me! Chega de contar pontos, de contar calorias ou tantos copos de água durante o dia... Chega de contar passos e minutos em cima de uma esteira... Perdi o foco porque perdi a motivação! Eis a principal pergunta que não quer calar: porque eu quero emagrecer? Por que diabos eu tenho que ficar em cima de uma esteira/bike durante uma hora por dia? Daí eu me lembro dos sonhos que andam me atormentando, que sempre envolvem compra de roupas e eu chorando porque nem uma me serve.

Minha irritação bate records e o ponteiro da balança tb.
Noé, me salva desse mar de irritação e descrença?



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pontas soltas...


Cabeça dispersa, muitas mudanças, desejo ardente por transformação, projetos inacabados...  Necessidade de parar e amarrar as pontas...

Sem nexo, sem pé nem cabeça, perdendo a fé... Queria te encontrar como uma melhor amiga que nunca fomos. 
Queria ter o necessário pra te acompanhar...
Mas não tenho. Sou falha, sou humana... imperfeita.
Não sei se o alvo vai entender esse post... mas não vou negar... gostaria que vocẽ reaparecesse... e permanecesse na minha vida, nem que fosse por pouco tempo... Ou quem sabe, você poderia ficar para sempre...

Pessoas,
Sem muito o que dizer. Parece que o ponteiro da balança foi fixado nesse peso que hoje eu me limito a manter. Ele não cede e tb luto pra não aumentar.
Tenho uns projetos em andamento mas prefiro menciona-los somente se derem certo. Estou cansada de "tentativas". Uma vez, desde que eu entrei nesse caminho, queria UM SUCESSO. Sei que ele será sempre a ultima tentativa. Pois ela não será uma tentativa no fim das contas...


P.S. Lumi: Esse texto NÃO é pra vc, antes que vc tome as dores tá? mas de qq forma bem que vc poderia ligar pra a gente tomar um chá!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um passo à frente, dois pra trás.

É, né? Eu sumi de novo... Férias né, gente? Virei uma ostrinha e me entoquei na minha casa...
Boas novas? Móveis "novos" pra toca, um detalhe aqui e ali, projetos que eu sempre adiava (trabalhos manuais)  toquei e consegui finalizar alguns... e vãs tentativas de colocar a minha vida numa rotina que funcione. Por isso passei os ultimos... 14 dias dando um passinho à frente, dois pra trás, dando uma sambadinha e retomando o caminho... Mas a sensação de estar muito além de onde você quer estar é horrivel...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ligações Perigosas

olá pessoas!!!
Post meio curto, meio longo pra variar...

Ainda estou empacada no peso e em bloqueios a ser superados... então vamos que vamos...
Essa semana eu tive ciência de uma situação que quando dei conta achei um total absurdo!
Desde o início do ano eu me propus a algumas metas. Uma delas era voltar a estudar pra concursos de nível superior. (tem que usar o diploma pra algo, né?)

#FATO: Eu não comecei a estudar apesar de estarmos quase no fim de 2011.

Bom... é que eu condicionei a minha iniciação dos estudos depois que organizasse o meu HD externo (vcs já conhecem essa novela, né?) Daí cá estava eu quase terminando a pasta de imagens, lembrei das pastas de e-books, de música e de documentos que ainda estão intocadas. Nessa eu desanimei, claro e pensei: Desse jeito eu não vou começar a estudar é NUNCA! Foi aí que eu me toquei: o que organizar o HD tem a ver com iniciar os estudos para concursos? Fora o fato de saber onde está o material (que díga-se de passagem eu SEI onde está, meu HD não está tão bagunçado assim...) o que tem a ver eu esperar o dito cujo estar arrumado e começar os estudos? NADA. O engraçado é que pra mim fazia TODO SENTIDO. Tinha todas as argumentações possíveis e imagináveis pra tanto adiar a organização do HD assim como porque eu iria começar a jornada de estudos só depois que aquele ninho estivesse desembaraçado, que iria atribular mais meu já atribulado dia... Sem falar que estudar direito (para uma pessoa da área de exatas) é o FIM!

Vamos a elas: Se eu estou pensando assim com uma das minhas principais metas, então, provávelmente, devo ter feito isso com o meu emagrecimento.
Devo ter ligado duas (ou mais) condições absurdas pra não seguir o que me proponho, ou arranjando argumentos e desculpas pra adiar mais e mais a redução de numero da balança e medidas...

Deixar de fazer coisas em detrimento de outras (que não tem nada a ver entre si) é uma das mais comuns armadilhas que a mente prega.  Você se pega as vezes envolvida, agoniada, ou mesmo ansiosa com problemas que NADA tem a ver com você!  Identificar é o mais difícil, pois nós temos o dom de ligar coisas que não tem nada em comum ou qq ligação entre si. Vamos fazer esse exercício durante a semana, ver o que andamos ligando desnecessáriamente.

Bom... eu vou voltar aqui pra as minhas vídeo-aulas, recomeçando devagarzinho.

Você deve estar perguntando: Que ligação que eu fiz com o meu emagrecimento? Boa pergunta... Qdo eu tiver a resposta eu juro que posto aqui

Beijos pra todas e boa semana!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Finalmente, Chuva!

oi Pessoas!!!
Imagem retirada daqui
Sei que a semana passada passou em branco... Na verdade eu só queria dormir... Também "mantive" uma rotina na toca que ela ficou mais ou menos em ordem... O que eu gostaria de verdade? Dar uma LIMPA no meu armário... Doar/me livrar de tudo que está lá e comprar tudo novo... alguém me indica pro esquadrão da moda, please? ☺



Bom... o motivo do título é: finalmente acabou a estação de seca nessa cidadeeee! Ontem teve a primeira chuva de primavera e hoje o tempo amanheceu nublado/chuvoso... Adoro esse tempo!

Bom... é oficial, consegui emagrecer 1 kilinho!!! o Peso antigo não voltou mais (graças!) mas ainda estou com o peso impublicável...

Novidade 1 é que finalmente eu estou conseguindo por ordem no meu HD externo, graças a um programinha chamado Duplicate Cleaner. Depois de MESES tentando organizar os milhões de arquivos que possuo no HD achei algo me realmente ajuda... Tem que ter um pouquinho de paciência... afinal varrer 300GB não é fácil... Com perseverança, vai... Achei TRILHÕES de planilhas e textos pra acompanhamento de peso, projetos de emagrecimento, textos motivacionais e de exercícios entre outras coisas... Se alguém interessar, eu disponibilizo aqui....

Novidade 2 é que eu estou (finalmente) saindo de férias.. Estou com umas ideias mirabolantes, todas possíveis, pra toca... Pensando bem... acho que 10 dias vão ser pouco! ☺

Beijocas e estou colocando a rotina de visitas de novo em ordem!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Notícias

Eu estou passando pelo que eu não gostaria de passar... Estou num efeito sanfona terrível... Estou com raiva de mim por estar aqui falando que falhei de novo, que eu não consegui reverter o quadro, que tenho andado em círculos... A minha sorte é que esse bloguinho não é "tão interessante" para trolls... (e espero que nunca apareçam..)

Eu tinha parado de ler algumas bloqueiras exatamente por esse "correr em círculos", "não sair do lugar". A minha tristeza é que eu exatamente me transformei em uma delas. O que me faz pensar se eu continuo com a Toca ou não.

Eu gostaria de ter a visão que a Nara* teve e me agarrar a este motivo/lastro pra não afundar num mar de falta de foco, controle e disciplina.


Vamos aos fatos:
1. Engordei... 4 kgs desde o início do ano... Uma média de 500g por mẽs... Parece que caí na "armadilha dos casados" e dei a relaxadinha...
2. Me puxaram a orelha com 3 coisas:
    2.1. O projeto HTQE. Começo, paro, começo, caio de novo, sento pra ver como vou levantar, começo de novo e no momento... está parado.
    2.2. O Rede Personal Trainner que eu indiquei pra um monte de gente (a minha chefe mesmo é uma delas e ela me puxou a orelha porque ela se apaixonou pelo site). Eu não consegui mais avançar nos treinos, desisti "temporáriamente" até conseguir uma esteira pra treinar... esse "temporário" tá até hoje...
    2.3. O RunKeeper... Quebrei meu ritmo qdo viajei pra SP e até hoje não consegui voltar aos treinos... Tentei essa semana, mas o tenis e a roupa estão no meu armário do trabalho... No início do ano eu esperei parar de chover pra engatar uma boa caminhada... a atual desculpa é "está seco demais pra atividade física desse calibre". Hunf!

Hunf! Não tenho comentado nos bloguinhos, eu sei... mas leio sempre, viu meninas? A Anabela do Eu posso! Eu quero! Eu sou capaz! tem sido a minha verdadeira inspiração pois depois de anos de persistência ela venceu a balança..

Eu ando cogitando a "solução" que uma colega de spa aderiu no fim do ano passado. Depois de correr e não sair do lugar, decidiu por o balão gastrico... Sei os valores, estou por dentro, mas não deixo de me sentir mal (ou um fracasso, por assim dizer) pois eu já enveredei por tantos caminhos... me entristece cogitar em algo tão radical... Tudo pra não entrar nos temidos 3 digitos...
Deixa eu voltar pro trabalho...
Beijos a toooodas...

P.s. Surpresa na semana que veeeeem!!!! Coisas de bastidores de MSN

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Novela de uma gordinha - 6° capítulo

[Ajustando as velas]

Depois da conversa com a Mari na semana anterior Nara não estava nem um pouco inclinada a vê-la. Tinham a irritado profundamente as verdades que ela “jogara” na cara sem sequer a preparar pra elas. Também não quis falar com ela desde então.
Tamborilava os dedos sobre a mesa de trabalho, atulhada de papéis, imersa na leitura de um relatório que demandava retorno urgente... Coisas “urgentes”, “urgentíssimas” e “pra ontem” que as pessoas do escritório não “sabiam” como resolver. Já havia passado e muito da hora de ir embora, mas Nara ficou “pra trás” e tentar resolver metade das pendências que cobriam a mesa. Exasperada, soltou o relatório e virou pra a janela. Caia uma chuva fina e a temperatura estava de bom pra frio. Ficou observando o transito caótico do centro... Ficou lembrando da conversa com a Mari... Nara já havia tentado tantas coisas que já perdera a conta. Finalmente ALGO funcionava! Por que mexer em time que estava ganhando? O celular tocou. Era o pequeno TJ perguntando que horas viria busca-lo. Como assim? O Carlos deveria te-lo pego a 1 hora atrás! Nara suspirou irritada olhando a pilha de papéis sobre a mesa.
- Anjo, eu vou o mais rápido possível, ok? - e desligou. Esse relatório não era de responsabilidade de Nara. Era trabalho do Glauco. Mas ele precisava ir mais cedo pra casa pra ver a esposa. Assim como o parecer da Alice, o orçamento da Juliana... Tudo pra o dia seguinte... A pilha de demandas que infestavam a sua mesa não eram de responsabilidade dela. Nara afastou esse pensamento da cabeça e se focou novamente no relatório. Perdeu-se novamente em dados estatísticos e números até que uma voz a tirou da concentração.
- o que ainda está fazendo aqui? - Nara levantou a cabeça e viu Mari na sua frente. - Você já terminou o seu trabalho. E seu filho a espera pra irem pra casa... - Nara voltou os olhos para o relatório a sua frente. - Eu tenho que terminar isso. - Mari cruzou os braços.
- VOCÊ tem? Pelo que eu saiba isso é trabalho do Glauco, não seu... - Nara percebeu que estava tendo uma conversa com ela mesma. Mari jamais seria tão ríspida. Nara soltou o relatório de novo.
- Se eu não fizer, não vai ser feito. O trabalho vai atrasar e a equipe vai ser penalizada. - A Mari imaginária sentou na sua frente. Ela afastou alguns papeis espalhados na mesa e revelou meio pacote de biscoitos recheados.
- Estou vendo... e você então tem que se penalizar para não penalizar a equipe? - Nara zangou-se
- Você está sendo cruel. Além do mais não vou comer mais do que já comi... - pegou o pacote e colocou na gaveta. Mari encostou-se e riu.
- Então você vai guardar pra mais tarde? Se não vai comer mais deles, por que não o joga no lixo? - Nara chocou-se.
- Desperdiçar comida? Com tanta gente passando fome? Nem pensar! - Mari riu de novo.
- isso vai pro lixo de uma forma ou de outra. Passando por dentro de você ou não. Mas se você quer acumular mais centímetros no quadril... tudo bem... Não é mais problema meu. Você desistiu, não foi? - Nara levantou-se irritada.
- Não! Não desisti! - o ar de Mari ficou zombeteiro.
- Ah... desistiu sim... bom... foi uma boa decisão! Pra quê mudar, não é? Você gosta de ser do jeito que é! - Nara baixou os olhos. Não. Ela não gostava de ser do jeito que era. Quando voltou os olhos pra a Mari imaginária ela não estava mais lá. Num lampejo de lucidez, pensou: “ok! Vou mudar. E ISSO vai ser a primeira coisa!” pegou a pilha de papéis e deixou cada pendência na mesa de cada responsável com uma pequena nota: “ainda pendente”. Depois ligou pra a chefe dizendo que tinha um problema a resolver e por isso não poderia vir no dia seguinte. A chefe achou estranho mas concordou pois Nara raramente faltava.
Saiu do escritório com o transito já fluindo melhor. Resoluta, pegou o pequeno TJ na cuidadora e foi pra casa da Mari.


o interfone tocou retirando Mari da concentração do livro que lia. Era Nara. Surpresa, a deixou subir e entrar. Ela estava com o TJ dormindo no colo. Depois de alojar o pequeno no quarto, as duas sentaram frente a frente e Nara contou da pequena “conversa” imaginária mais cedo. Mari riu.
- Verdade. Eu não seria assim. Eu seria MAIS firme! O que estava fazendo no estritório até essa hora, Nara?
- Trabalhando....
- … Em coisas que não eram suas?
- eram coisas que tinham que ser feitas. Independente de o que ou quem.
- Sim. Mas por que VOCÊ? Linda, você tem família também. Tem marido e filho pequeno. Essas pessoas que deram essas desculpas pra te empurrar algo que era de responsabilidade delas com certeza estão descansando em casa pensando “que bom! O que vou fazer amanhã se o que eu tinha que fazer já está feito?” - Nara riu.
- Feito nada! Redistribuir as tarefas de volta a seus donos. Eu nem quero ver o que vai acontecer amanhã de manhã quando as pessoas chegarem e virem que nada foi feito! - Mari soltou uma gargalhada.
- Hahahahaha! De onde você tirou essa ideia, Nara?
- De você!!
- Que bom que eu consegui entrar na sua cabecinha dessa forma! Agora... Nara, você sabe porque quer emagrecer? Não poderemos continuar até você responder essa pergunta.

Nara parou pra pensar um pouco. Depois de alguns minutos em silencio, a resposta da pergunta que a atormentava a semanas apareceu de forma natural... Nara meneou a cabeça. Mari sorriu.
- Agora sim, podemos iniciar a luta...



[3 meses depois....]

Nara e Mari miravam o grande mar azul... Ambas tomavam um suco enquanto estavam rodeadas pelas amigas de Happy Hour. Carla? Bom... esta havia perdido a aposta. Depois de rodar meia cidade para a renovação do guarda roupa de Nara, Mari anunciou que todas iriam pra o Litoral... comemorar a nova vida de Nara. A casa era linda, e dava pra uma praia pouco explorada pelo turismo que reforçava a ideia de paraíso particular. Carla levantou o copo com a cerveja e brindou...
- Não vou negar... Essa foi a primeira vez que eu GOSTEI de ter perdido uma aposta! - Mari e Nara riram da observação... O olhar de Nara agora brilhava. Além do peso a menos, muitas coisas na vida de Nara mudaram... Mas não sem antes tudo virar de pernas por ar. Casamento, emprego, carreira... Depois de ter passado por um quase-divórcio, Carlos mudou da água pro vinho. Diminuiu a carga de trabalho para passar mais tempo com a família... O escritório? Bom... Nara não trabalha mais lá. Conseguiu um outro emprego mais direcionado na sua área de formação. O pequeno TJ? não poderia estar mais feliz... agora passava mais tempo com a mamãe e papai!!
Nara fechou os olhos por um minuto e sentiu a brisa morna vinda do mar... Realmente.. foi uma tempestade horrível... mas ela aprendera a ajustar a velas...

Você deve estar se perguntando... e a manta? Bom... essa eu vou deixar pra imaginação de vocês... assim como a resposta da Nara... E você?
Por que você quer emagrecer?


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Novela de uma gordinha... - 5° parte


[A tormenta...]
Essa era a minha 15° semana desde o dia que a aposta começou... Eu havia estacionado depois de emagrecer facilmente 12 kgs... Comecei a ficar frustada mas Mari dissera que isso era natural. Nesse dia em especial eu estava na hora que havia se tornado um dos meus maiores suplícios: Compras de supermercado em família. Era mais fácil dizer não para o pequeno TJ que toda hora colocava doces e guloseimas no carrinho quando íamos sozinhos, mas o meu maior problema agora era o MEU MARIDO.
- ... e nós não estamos de dieta!!! Por que não vamos levar? - A minha irritação só subia. Era verdade que conversamos mais cedo sobre a lista de compras... a resposta foi um desinteressado "o que vc escolher está bom.." assim como as perguntas do que eu iria fazer para as refeições... Mari tinha me dito que uma das importantes leis da vida (não somente da dieta) era "se mantenha na lista". Isso era bom tanto para o corpo como para o bolso...
- Porque não está na lista!! E ainda mais! Se levarmos é só isso que ele vai comer! Ele já não anda comendo muito...
- Claro! Agora você só prepara mato! Quem quer viver assim? - Cravei as mãos no carrinho. Minha vontade era voar no pescoço dele. TJ puxou a minha manga. Eu virei furiosa para o pequeno.
- O que é dessa vez?! - Ele se encolheu e mostrou o punho do carrinho. Minhas mãos sangravam... Eu entreguei a lista suja de sangue para Carlos.
- Termine as compras! - Virei e saí contendo as lágrimas e enrolando as minhas mãos na minha encharpe.
Depois de alguns segundo havia saido do supermercado e andava pelo centro comercial. A minha cabeça estava a mil, e eu não conseguia reter um pensamento por mais de 10 segundos... a explosão inicial havia passado, mas a vontade de chorar e a frustração, não. Ao passar na frente de uma confeitaria, me detive fronte a um das vitrines giratórias.
"Oh, Céus! Eu PRECISO de um desses!!" Foi o único pensamento que se deteve na minha mente. Eu olhei chocada para o meu reflexo na vitrine. Eu não acreditava no que eu havia pensado... ou que aquele fora o único pensamento que ficou na minha cabeça! Desde quando eu PRECISO de um pedaço de bolo??? Olhei em volta já entrando quase em desespero peguei o celular e disquei um numero quase cegamente... Uma voz masculina atendeu do outro lado.
- Alô?
- Por favor, Mari está? - o som do telefone colocado na mesinha, passos do outro lado... segundos que pareceram eras enquanto a minha boca salivava por uma das tortas da confeitaria...
- Alô? - Eu me agarrei ao fone quase em prantos.
- Mari? Vc tem alguns minutinhos? Preciso de um ombro amigo... - A voz do outro lado pareceu apreensiva.
- Nara? O que houve? Você está bem?
- Não estou... Pode me encontrar?
- Claro... Onde vc está?
...
Mari não demorou muito. Eu preferi andar para não ceder à tentação da confeitaria.
Mari chegou acompanhada. Naquele momento eu não sabia onde onde enfiar a cara... Eu já estava com a maquiagem borrada e os olhos mareados... havia me controlado bastante para não chorar, mas lágrimas teimavam em correr pelo meu rosto... e que pra mim não tinha razão aparente... Mari deu um beijo no homem que a acompanhava e eles se separaram. Ao me ver, ela abriu os braços e aí sim pude dar vazão ao meu choro... As lágrimas fluiam e eu não conseguia entender bem o porquê. Sentamos na mesma confeitaria que eu havia passado minutos atrás e pedimos um chá.
- Eu não sei porque eu ando tão impaciente e triste, Mari... eu já consegui emagrecer mais do que em toda minha vida adulta, mas ainda me sinto o mesmo lixo de 3 meses atrás... - Mari olhou-me condescendente.
- Fale-me... o que houve? - eu discorri de toda a discussão, desde a montagem da lista de manhã, a discussão no corredor das geléias no supermercado e o pensamento sobre o bolo ou torta, em frente daquela mesma confeitaria. Mari ouviu tudo calmamente...
- ... e eu não sei agora porque eu estou tão triste! - Mari bebericou o chá e pousou a xícara na mesa sem me olhar e soltou em um suspiro:
- ... então o paliativo finalmente teve seu fim... Eu me questionava qdo chegaríamos nesse ponto... - Eu olhei para Mari um pouco desconcertada.
- Paliativo? - Mari me fitou nos olhos.
- Sim, linda. Até agora o que fizemos até hoje foi um paliativo... Distrações para retirarmos parte dessa "casca" causados por excessos que hoje não te incomodam mais. Mas ainda nem chegamos na "outra Nara", aquela que está forçando pra aparecer e agora, resistindo em ficar. A mesma que faz pensamentos como esse que vc acabou de ter, do "precisar do bolo"... por que? Por ter brigado com Carlos por não querer levar um pacote de biscoitos? Veja bem... esses são pontos que te ferem, machucam, incomodam que a "outra Nara" protegeu para não te atinjam mais. Só que esses mesmos pontos que te atingem, a afetam também, entende? A diferença é que "ela" cobra um preço pra não deixar que isso chegue em você. Para algumas pessoas é uma dose de uisque em pleno meio-dia de uma quarta-feira, pra outras é aquela hora da pausa pro cigarro no meio de uma reunião... Para pessoas como eu e você é o chocolate, sorvete ou pedaço de pizza fora dos horários das refeições. É o preço que nós pagamos para... não doer mais do que já doi... Infelizmente... - e deu mais um gole no chá.
O silencio se estendeu até ser quebrado novamente por Mari - Olhe agora para aquela vitrine rotatória. Algum daqueles bolos te atraem tanto quanto a alguns minutos atrás? - Eu desviei o olhar. Claro que me atraiam. É claro que eu queria um pedaço gigantesco daquela torta marron e suculenta que girava no segundo prato superior... A frustração parecia explodir no meu peito e a irritação fazia latejar a minha cabeça. Todo meu ser pedia uma... compensação... Algo pra desviar o foco enquanto o furor de sentimentos se acalmava dentro de mim. Eu só meneei a cabeça afirmativamente.
- Então a "outra Nara" não vai dar vazão a esses sentimentos enquanto não receber um pedaço de bolo? - Essa frase me fez rir, me lembrando do TJ e como Carlos o acalmava rapidamente com uma guloseima qualquer quando ele dava birra durante os passeios de família.
- Somos inexperientes nesse ponto, Nara. Fazemos o que nossos idolos nos ensinaram a fazer! Com o tempo o que eles faziam passamos fazer. Pra mim, era a modelo magérrima da novela das 7 que qdo estava triste se fartava de chocolate ou aquela adolescente do filme romântico que se afundava num pote de sorvete pra afogar as lágrimas e a tristeza que estava no peito. Se funcionam? Não sei. Mas considere que isso é a sua eterna rota de fuga. Assim a "outra Nara" crescerá cada vez mais e mais... Até tomar o seu lugar... A sua "proteção" atualmente tem... 58 kgs... é uma outra pessoa! Vai deixar com que ela tome o seu lugar? Vai deixar que ela viva a sua vida? - Eu enxuguei outra lágrima teimosa que teimava a rolar no meu rosto. Ela pôs a mão sobre a minha - Está com o seu caderno aí? - eu menei a cabeça afirmativamente e o tirei da bolsa. Ela abriu na parte azul com as tarefas e as perguntas que eu tinha que responder a cada semana. Eu tinha conseguido seguir disciplinadamente a maioria das tarefas que Mari me passava, apesar que na maioria das vezes não aparentavam ter sentido algum, mas que fazia sem questionar muito. Ela abriu na primeira folha que ainda estava com apenas uma pergunta no topo "Por que eu quero emagrecer?"
- Nara.. Vamos mudar essa pergunta: Por que você está gorda?
- Porque eu como errado e demais! - Ela sorriu.
- Mesmo? E por que você come errado e demais? Você sabe o que pode e o que não pode, o que faz bem o que te faz mal, até melhor que eu? Por que insiste em empurrar coisas como aquilo goela a baixo – Apontando pras tortas - como se fossem a cura sendo que na verdade são o veneno? - Aquilo me deixou terrivelmente chocada. Mari possuia o dom das palavras comigo e todas as verdades que ela me dissera até então não me pareceram tão doloridas. Mas ela continuou.
- Nara... Você quer mudar pelos motivos errados. Se não encontrar um motivo forte para lutar, vai enfrentar a mais terrível das batalhas; e pior, vai ser miserávelmente derrotada. - se levantou pegando o tiquet sobre a mesa.
- Emagrecer não é simplesmente alimentação e exercícios. Nem algo do tipo “tomei vergonha na cara e decidi emagrecer”. Vai além da sua vontade ou de qualquer coisa que você já tenha passado. Não é uma coisa que possa ser reduzida a uma simples equação, gastar mais que comer. Emagrecer significa mudar. Mudar radicalmente. Rever conceitos, escolhas, atitudes, posturas... principalmente forma de pensar. E mais do que tudo: na maioria das vezes, é doloroso mudar... - Eu levantei os olhos em direção a ela
- Mas... mas eu estou tão perto da meta da aposta... estou tão... - Mari me interrompeu.
- Espere... você ainda está pensando naquela aposta estúpida?? - eu mirei aqueles grandes olhos castanhos.
- Não é pra isso que continuamos a cada semana? - Mari riu.
- Oh não, Linda! Se está fazendo isso por causa da "aposta" o que estamos fazendo será trabalho perdido! Está fazendo a coisa certa mas pelos motivos errados. - eu me levantei irritada.
- E qual é a diferença se funciona!? - Mari baixou a cabeça.
- A diferença? É a diferença entre construir um castelo de areia e uma casa de tijolos! Você pode viver em ambos mas qual deles vai resistir a primeira tempestade? Qual delas vai ficar de pé, firme e sólida diante das interpéries da vida? Nara... você chegou a um ponto crucial e eu não posso mais passar a mão na sua cabeça. Essa hora você vai ter que se decidir. Porque, linda... agora essa tormenta só está começando... E te garanto... passar por ela não vai ser fácil. Mas garanto que será muito recompensador... - Ela se foi e me deixou sozinha na mesa observando a encharpe ensanguentada sobre a mesa...

[ Fim da quinta parte]


Gente... perdão pelo atraso mas tá aí o quinto capítulo da novela (que está já no final...). Tou em SP e sabem como é, estar fora do domicílio...
Bom... Queria seus pitacos sobre a novela!!!! O que vocês acham que vai acontecer? A Nara vai conseguir emagrecer? Uma bela amizade está ameaçada??? As amigas de Nara tinham razão e ela nunca vai mudar????
Tã tã tã tãããããããã!!!!!
(aguardem cenas do próximo capítulo...)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Novela de uma gordinha... - 4° parte

Pessoas, peço desculpas por ter sumido, Fui pra SP semana passada - sem condições de postar...
Segue a 4° parte da novela...
Beijocas

P.s. Leitoras de SP gostaria de conhecê-las!!! Estou indo pra SP de novo no dia 21, volto pra casa dia 26. Quem puder (e quiser) conhecer essa que vos fala... mande um e-mail...


[Mari]

"Eu Tinha nascido em uma família grande, com sete irmãos. Era a caçula e a mais pararicada. Sempre. Vestidos, bonecas e principalmente especiarias eram todas direcionadas a mim. Aos 15 anos fui mandada para um colégio interno em outra cidade. Foi a primeira separação. Eu vinha de uma família grande e seria a primeira vez que eu ficava só. Foi muito doloroso... Resultado disso foram 30 kgs só no primeiro ano. Retornei para casa e minha família não via ou parecia não se importar com meu ganho de peso... Qdo eu retornei à escola não cabia mais no meu uniforme, que inclusive era a maior numeração que tinham. Nos anos seguintes, as minhas roupas eram feitas sob medida. Após 3 anos de regime de internato em um colégio só para moças eu voltei para casa. Tinha me formado com louvor sendo uma das garotas mais populares da escola... e com 60 kgs a mais... Aí começou a minha luta. Remédios, dietas mirabolantes. Com muita luta consegui me livrar de 20kgs. Essa foi a época q eu conheci o Pablo... Amor a primeira vista, apesar dele ser quase 10 anos mais velho que eu... Casamos com 7 meses de namoro. Mas a vida de Pablo era.. itinerante, para dizer o mínimo... Como funcionário de consulado, a cada ano estávamos em um país diferente. Era um choque para mim cada mudança, que eu fazia submissa. Já com 4 anos de casada tinha me tornado uma reclusa. Não havia muito motivo para sair e conhecer onde morávamos... qdo começava a aprender a língua do lugar e fazer amizades nós tínhamos que nos mudar... A geladeira e a TV eram as minhas principais companheiras... Não tinha motivo para comprar roupas... Pablo havia me dado uma máquina de costura. Eu gostava de costurar no Internato. E como eu estava cada vez maior (eu pesava 130) eu não iria encontrar roupas para o meu tamanho mesmo... Mal saia para ir em lojas de tecidos. E estava cada vez mais difícil sair... No quinto ano de casada, Pablo finalmente conseguira o que todo funcionário de um consulado desejava. Uma vaga no seu país de origem. Infelizmente não era o mesmo que o meu. Fixamos residência mas para mim ainda era difícil sair de casa. Tinha vergonha de mim, e o que os amigos de Pablo iriam dizer ao ver que ele tinha uma verdadeira elefanta em casa... Qdo completamos 6 anos, Pablo me surpreendeu com um presente. Passagens para que eu fosse visitar minha família. Não consigo esconder o quanto fiquei feliz com isso. Ele me mandou na frente. Disse que iria no mês seguinte. Ao chegar em casa vi algo que jamais pensei que teria que enfrentar. Os olhos chocados dos meus pais ao me ver. A primeira coisa que meu pai me falou foi 'o que aconteceu com vc??' nas semanas seguintes tive que enfrentar todo o tipo de piada... Desde 'Moby Dick' a 'Filha de Babar' Foi terrível pois eu tentava achar apoio e só encontrava chacota... Minha mãe foi a minha ancora. Conversávamos muito e fazíamos companhia uma a outra. Dois meses de convivência 'Familiar' havia dado resultado. Eu tinha perdido 10kgs... Foi qdo Pablo finalmente veio. Ela parecia mais sisudo que o normal. Mas o fato de me ver com menos peso surtiu seu efeito... Passamos por uma 'Segunda lua de mel'. Mas como tudo que acaba, tive que retornar para casa com Pablo. Foi um choque ter que retornar àquela vida de reclusa. Aí começaram os problemas. Eu me sentia muito mal de manhã, Calores e suava muito. As regras pararam de vir. Eu tinha apenas 27... estava muito nova para ser menopausa. Fui no médico e descobri que estava grávida... de 4 meses. Para mim foi um tremendo choque. Eu estava IMENSA. Como poderia ter engravidado? As chances eram mínimas e Pablo era um homem muito frio que mal me tocava. Mas ao sair do consultório eu me sentia estranhamente animada... A notícia da gravidez não foi bem recebida por Pablo. Ele ficara bravo e se distanciou mais. Os 3 meses seguintes ele praticamente desaparecera de casa. Mas eu mal me importava. Vibrava a cada mexida do bebê no meu ventre. Uma noite eu estava sentada na frente da TV tricotando roupinhas de Bebê, senti uma dor horrível. Depois o bebê parara de se mexer... Alarmada eu liguei para emergência. Eu mal conseguia ficar sentada. Só via estrelas. E pela reação dos médicos não parecia normal. Fui dopada e fizeram uma cesariana emergencial. A pequena Agnes havia nascido... Mas por uma série de eventos ela veio por falecer, 3 meses depois... Até hoje não consigo descrever a dor que eu senti ao saber da notícia... Meu médico dissera que eles fizeram o que puderam. Mas a minha gravidez fora de alto risco devido ao meu estilo de vida e a minha dieta. E que fora sorte o meu corpo não ter repudiado a criança nos quase 7 meses de gestação. O discurso dele foi como se a culpa de Agnes não sobreviver fosse minha. À voz dele se juntaram a de meu marido e as poucas pessoas que tinha a minha volta. Se eu vivia como eremita, o mês seguinte à morte de Agnes eu praticamente não saia da cama... Pablo que eu mal via antes, nesse momento eu não o via mesmo. Certa noite, arranjei forças para sair da cama, pois tinha ouvido sons pouco comuns. Minha surpresa foi que Pablo estava com outra mulher... Meu mundo terminara de cair... Foi nesta situação que veio os meus pais ao meu socorro.
Eles me jogaram na cara as verdades que eu não queria ver. Que eu estava me matando aos poucos. Que eu não precisava disso e que eu não tinha a completa culpa da morte da minha filha. Tinha a minha parcela por ter deixado a minha saúde debilitar tanto. Não parava de pensar como a minha vida podia ser diferente... Eles me levaram para casa e foi qdo eu comecei a emergir... Meus pais me levaram em médicos por causa da saúde debilitada e da gravidez. Esse novo médico ficou surpreso como eu ainda estava viva! Tinha problemas cardíacos, colesterol extremamente alto, taxa glicêmica no limite, hipertensão, além de sérios problemas nas articulações. A primeira coisa que ele me falou foi "Ou vc se livra dessa outra Mari ou vc morre..." Apesar de nunca ter ouvido com essas exatas palavras era uma coisa que eu já sabia... Só que DESTA vez havia me assustado. Minhas irmãs me levaram para uma horda de médicos... O diagnóstico era sempre o mesmo... Cheguei em casa pesando cerca de 136 kgs... Depois de um tratamento intensivo para baixar o colesterol e a taxa glicêmica e dois meses depois eu estava com 126. No natal do ano que eu voltei para casa eu estava bem, e infelizmente tinha voltado a engordar. Meus irmãos fizeram uma 'Brincadeira' que no dia achei cruel. Mas me fez acordar para o que eu não queria ver. Eles me deram uma caixa de madeira, grande o suficiente para eu entrar, mas coberta de espelhos. Eu fiquei horrorizada ao ver aquela 'coisa' no espelho... Nos meses seguintes tratei de me vigiar. Se eu pensava em comer um doce, eu corria para meu quarto e me mirava no espelho... Saia tão chateada que a vontade passava. Em seis meses eu havia me livrado de mais 20 kgs... Somente com alto controle e reeducação... O que era diário como doces e guloseimas passaram a ser esporádicos, o que eram esporádicos passaram a ser diários. Mas ainda me sentia inútil e mal saia de casa. Uma das minhas irmãs tinha uma loja de artesanato e sugeriu que eu ajudasse. Afinal eu era extremamente habilidosa. Meio a contra gosto eu fui. Ficava na loja no início 1 vez por semana. Conheci muita gente que hoje agradeço aos céus por tê-las colocado em meu caminho. Comecei a me livrar da "segunda Mari" ao fim do verão. Minha primeira atitude foi parar de ficar enclausurada em casa. Passei a caminhar no fim da tarde. Mas não para "emagrecer" Eu me recusava fazer atividade física, com medo que a outra "Mari" comprometesse mais as minhas articulações... Saia apenas para ver o mundo, conhecer a minha vizinhança... tanto que nessas caminhadas eu levava 2 ou 3 horas para completar 1 quarterão... No meu aniversário de 30 anos, quase 3 anos depois da morte da pequena Agnes, eu estava 55kgs mais magra! Uma vitória! Júlio, um grande amigo me deu o Faísca. Um cãozinho muito companheiro e amigo... Com esse grande amigo as minhas caminhadas se tornaram mais frequentes... E uma peça chave para eu dar adeus ao que restava da 2° Mari. Nessa época eu ficava mais dias na lojinha. Incentivada por todos a minha volta, passei a ministrar cursos de artesanato, a minha profissão e paixão. Passei a ver mais gente e viajar... Meus trabalhos ficaram famosos e comecei a viajar para divulgar em feiras e amostras... Ainda levei mais 1 ano para me livrar dos últimos 20 kgs. Mas foi numa dessas andanças que conheci Artur, meu noivo... "
- ... E hoje eu não me subjugo a ele como eu me submetia a Pablo... afinal eu quero alguém ao meu lado e não acima de mim! Mas Artur é mais alegre e jovial... me dá vontade de ver o mundo, sabe? Nós estamos noivos, decidi sair mais uma vez da minha cidade natal mas desta vez estou a 3 horas de viagem e não em outro país. Tb não me anulo. Somos duas pessoas... eu não me sinto uma extensão dele, sabe? - O rosto de Mari se iluminou... - Não devíamos fazer isso com nós mesmas, não é? Hoje sei que se eu tivesse cuidado mais de mim, da minha alimentação e do meu corpo, talvez a minha estrelinha tivesse mais chance, sabe? Mas tem um grande SE nessa história... e o que seria da vida se só fizéssemos as escolhas certas? Agora eu tenho uma nova chance... e deixei a "Mari boba" para trás... assim como vc tb pode deixar a "outra Nara" Eu quis me livrar da "Mari boba". Então eu me livrei das coisas que não me agradavam, deixando a "outra Mari". Mas só pude me livrar dela qdo eu estava pronta para deixar ela para trás... e vc? Está pronta para deixar a "outra Nara"?

Saí da casa da Mari refletindo... Realmente eu estava vivendo como 2 pessoas. Mas não tinha a menor idéia do que ela quis dizer com estar pronta para deixar a "outra Nara".

[ Fim da quarta parte]

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Novela de uma gordinha - 3° parte

Vamos pra terceira parte da novela... Adianto que essa é uma obra de TOTAL ficção....
Beijos da Maya

A mulher serena

Já haviam se passado seis semanas desde o dia da aposta. Com exatos menos 10kgs sem dieta. Eu e a Mari tínhamos nos tornado unha e carne, e passamos a nos encontrar no meio da semana. Na hora do almoço, na hora da saída do trabalho. A cada dia eu via uma mulher que apesar de ter porte franzinho e pequeno, era extraordinária, em perfeito equilíbrio. Serena e calma, mas firme e determinada. Mari fora trazida para a mesa naquela noite por Miriam. Miriam dissera que era uma prima distante que tinha acabado de se mudar para a cidade. Precisava conhecer e se enturmar para uma nova vida. Em um dia no domingo conversávamos trivialidades. Mais sobre crianças e decoração de casa (Patchwork, obviamente, a minha nova paixão!) Eu a essa altura já tinha terminado o jogo de 6 almofadas que agora decoravam a minha sala. TJ brincava na sala com os milhares de retalhos que eu havia comprado que faria parte de sua nova manta.  Eu ainda estava indecisa entre tantas opções enquanto TJ só falava "verde! verde! verde"  Mari me ajudava entre os muitos tecidos decidir o que colocar. TJ adorava cavaleiros e espadas. Minha idéia então foi montar uma manta com gazelas e cervos, uma floresta e um arqueiro ao fundo. Tudo bem verde como pedia o pequeno TJ.  Mas ainda tinha alguma dificuldade de ver o resultado final enquanto Mari parecia ter um "terceiro olho". Ainda não me sentia segura o suficiente para me lançar em um "trabalho de Hércules" como aquele mas me sentia animada. Ela colocou alguns retalhos no meu colo para me decidir pelas cores dos cervos, mas aos meus olhos os faziam parecer iguais. Vendo a minha indecisão, ela puxou uma grande sacola.
- Talvez isso ajude...
De dentro da bolsa surgiu uma linda manta infantil branca e rosa, com um aplique de ursinho dormindo em uma nuvem (rosa) e estrelas ao fundo. Ela havia aproveitado a estampa de um tecido e só deu fundo e mais cor. Um belo trabalho que aos olhos de uma leiga pareceria simples, mas mesmo eu, apenas uma aprendiz via que era um trabalho bem difícil de se fazer. Ela tinha respeitado os limites do ursinho mesclando linha preta e marrom. Além de não ter nem uma falha... eu passei a mão nos apliques de estrelas feitos com cetim amarelo claro e rosa bebê(tecido bem difícil de se trabalhar), dando suavidade ao todo quadro...
- é Linda... Você quem fez? - Mari acenou positivamente. Ela começou a apontar para os detalhes do ursinho...
- Vê essas cores? São meros detalhes mas que se tivessem sido escolhidos de forma errada ficariam em desarmonia... - Ela puxou os retalhos para o próprio colo. - Assim como esses daqui. Se eles forem claros demais ou escuros demais para o fundo que vc for aplicar, vão ficar destoantes e chamar mais a atenção... E quem tem que brilhar é todo quadro, certo?
- ROBIN HOOD! Mamãe vai me fazer um cobertor do Robin Hood! - TJ encostou o rostinho sorridente nas penas de Mari. Mas não ficou muito tempo. Logo ele correu para o quarto para pegar um dos seus arcos ou espadas de brinquedo. Eu suspirei separando os retalhos escolhidos.
- Eu só espero terminar essa manta antes que ele perca esse interesse todo ou que ainda ele possa usá-la! - Eu deixei os retalhos de lado e me voltei a manta que Mari tinha trazido. Era um belo trabalho mesmo... - Será que eu ainda faço algo assim?
Mari sorriu para mim.
- Claro! Se vc realmente quiser. Assim como a arte de fazer mantas, é nossa vida, Nara. Não podemos ser extremistas. Ser escura demais ou brilhante demais atrapalha tudo que está a nossa volta... Se vc é escura demais, passa desarpecebido. Se é brilhante demais pessoas vão se afastar por causa do seu brilho, apesar de vc ser a coisa que mais aparece! - Nós rimos da piada de duplo sentido. Mari passou a mão na manta com carinho e tornou a guardá-la.
- Para quem fez essa manta? - Mari fechou a bolsa e tornou a mexer nos retalhos.
- Para minha filha. A minha estrelinha Agnes. - Olhei surpresa para Mari. Ela aparentava ser nova demais para ter filhos e o apartamento dela mais seu estilo de vida era de uma pessoa solteira sem filhos.
- Não sabia que tinha filhos!
- E não tenho. Agnes não chegou a ver a luz do dia e nem a usar a manta. Morreu horas depois do parto... A gravidez de Agnes foi uma gravidez difícil, de alto risco, sabe? Mas nos meses seguintes da descoberta eu fui feliz...
- Sinto muito. - Eu disse sem saber muito o que dizer.
- Não faz mal... Vc não tinha como saber... Veja... esse retalho é perfeito para as partes de pele do arqueiro... - Não voltamos mais a falar da pequena Agnes ou da manta Rosa. Mas depois que Mari se foi eu fiquei pensando... A gravidez de TJ também fora muito difícil... os únicos 2 anos da minha vida de adulta que eu me controlei relativo a comida...
Na segunda seguinte, fui até a casa de Mari para a pesagem e estudo do diário... O médico que tinhamos ido disse que eu andava bem! Colesterol tinha baixado... Não estava no ideal mas tinha diminuído bastante...
- Menos 800 g... - Disse Mari anotando no caderno. Qdo ela pegou a fita para as medidas eu não resisti.
- Faz tempo?
- Faz tempo o que?
- Que... vc sabe...
- Fala da Agnes? Para mim as vezes parece que foi ontem outras que foi em uma vida passada. Mas a minha estrelinha partiu a 6 anos...
- 6 Anos?? Nossa! E como foi? - Mari nesta hora parecia indiferente.
- Ela morreu devido à "Complicações no parto" Na verdade foi uma série de erros desde sua concepção. Meus e dos médicos... Hoje eu não penso muito nisso... Depois que Agnes partiu eu me senti a criatura mais asquerosa da terra...  Achei que nunca iria me reerguer mas eu consegui... - Ela depositou o diário na mesa e foi até a parte baixa da estante. Ela pegou um álbum e abriu me entregando.
- Veja... Essa sou eu, uma semana antes do parto... - Ao me entregar o album eu não acreditei. Havia uma pessoa enorme nas fotos, com rosto bem cheio que lembrava vagamente a mulher que estava a minha frente.
- Onde?  - Perguntei ainda tentando encontrar. Mari sorriu e apontou para a maior mulher da foto.
- Aqui. - Eu arregalei os olhos, e como toda gorda que quer emagrecer..
- QTO vc pesava aqui?? - Mari deu os ombros e mudou a página do álbum...
- No fim da gravidez eu estava com quase 150. Veja esta outra aqui... Sou eu e meu ex-marido... - Na foto tinha um homem alto e sério. Parecia muito mais velho que ela, e ele era bem magro... Não pude deixar de notar que formavam um casal bem bizarro.
- Quanto vc pesa hoje? - Mari sentou e pegou no álbum sorrindo.
- Peso 58. e mantenho esse peso a... 2 anos... Me separei não muito tempo depois que a minha estrelinha partiu... depois de quase... 8 anos de casada...
- Vc parece tão novinha... nem parece que passou por tudo isso....
- Ora, Nara.. tenho 34... Apesar de não parecer...
- Vc se enfiou em que SPA? Para per... emagrecer esse peso todo...  -Mari sorriu e começou a checar as pesagens..
- Eu não me enfiei em SPA nenhum... Eu.... - Ela suspirou. - Vc realmente quer saber disso? É uma história tão enfadonha... - Mas eu estava ávida de curiosidade.
- Sim!!! Eu quero saber! - Mari fechou o álbum e olhou para a janela.
- Bom...
[ Fim da terceira parte]

Gente, Update rapidinho pra divulgar o sorteio da Darlana do Sem Template...

Se vc é de Brasília e região, passe lá!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Novela de uma gordinha... - 2° parte

Trabalhando por dentro.

Tínhamos marcado os encontros para pesagem e tirar medidas as segundas à noite. Achava aquilo o fim da picada... Logo após o fim de semana??? Mas Mari me disse que não havia diferença. Que aquilo era coisa da minha cabeça e seria a primeira coisa a sair.

- Primeira a sair?

- Sim... Nós temos muitos conceitos, convicções e mitos referentes ao emagrecimento. Não tem diferença se a gente se pesa na segunda ou terça ou quarta ou quinta ou sexta ou sábado ou domingo. O peso que a gente começa a semana tem a mesma variação na semana seguinte! Ou você é uma daquelas que fazem dieta de 2° a 6° e no fim de semana compensa tudo o que não comeu durante a semana? Então você tem um peso mais pesado na segunda e um peso mais leve na sexta! Grande Variação!!!

Aquilo me fez ficar envergonhada e rir ao mesmo tempo... quantas vezes eu já joguei a dieta para o alto por causa de um Chopp sexta à noite ou uma Pizza no sábado? Eu baixei a cabeça olhando para a balança no canto da sala. Ela pegou o meu diário e começou a olhar a parte branca, onde eu anotava o que eu comia...

- Isso é o que você come quando não está fazendo regime? - Eu suspirei.

- Mais ou menos; Isso é o que eu como quando estou de dieta. Às vezes eu acho que ela nunca vai terminar... - Ela passou para a bege.

- Você bebe pouca água... - Dei outro suspiro. Era uma coisa que eu procurava remediar mas a cada tentativa, um novo fracasso.

- Vamos ver... - Ela pegou um estojo de canetas coloridas e começou a riscar o meu diário. Em pouco tempo ele estava todo colorido. Não pode deixar de rir e me sentir curiosa pelo O QUE ela fazia. Em minutos ela voltou para o início.

- Você come muito doce quando está frustrada ou triste... Tem predileção por chocolates á noite depois que chega do trabalho. A palavra que aparece mais aqui à noite é CHATEADA. Você se chateia com o que? Por que? - Isso me fez parar para pensar um pouco. Meu marido e eu pouco conversávamos.... fruto da rotina de uma união de 12 anos. Ele ia para o escritório. Eu devorava uma caixa de chocolate ou uma barra que eu sempre comprava para fazer uma cobertura para um "futuro bolo" que nunca tive paciência para fazer. TJ, meu filho de 4 anos, normalmente acordava no meio da noite, me acordava no sofá e eu me arrastava para cama. Mas eu não ia para cama sem antes atacar bombons ou balas... Dei os ombros.


- Não sei porque me chateio tanto... - Mari foi até a parte azul com poucas anotações que eu havia feito durante a semana.

- Você também não respondeu à pergunta que eu te fiz. - Eu novamente suspirei. Havia feito várias anotações mas ao fim delas eu me desviava, pois eu não achava que para ter um corpo bonito ou para comprar roupas bonitas motivos suficientes fortes. Eram motivos. Motivos fúteis, mas eram motivos...

Mari se levantou e abriu a porta do armário no canto do apartamento. Havia muitas coisas!

- Gosta de trabalhos manuais? - Eu ri um pouco.

- Sou um desastre no que eu tentei.

- E o que você tentou?

- Biscuit, Tricô, crochê, bordados eu não sou tão ruim, mas não tenho muita paciência para ficar riscando coisas, macramé, desenho...

- Patchwork? - Eu ri um pouco.

- Não... nunca tentei isso....

- Gostaria de tentar? - Eu sorri. Mari tinha o dom de conseguir me tirar da chateação que eu me encontrava.

- O que isso tem a ver com eu perder peso?

- Emagrecer. Se você perder peso vai encontrá-lo novamente... o que isso tem a ver com emagrecer? Deixa-me ver.... nada! Só achei que seria bom você encontrar outro hobby no lugar de sentar na frente da TV à noite e comer... poderia fazer um trabalho... talvez uma manta para seu filho ou uma bonita toalha de mesa para o Natal...

- O Natal está longe.

- E patchwork também não é algo difícil... mas para um trabalho bonito necessita de tempo... Comece com algo pequeno... que tal uma almofada? Você disse que não era ruim em bordados... e não precisa riscar muito, só juntar retalhos! Vamos... Vai ser divertido...

Eu apenas meneei com a cabeça... Depois que eu finalmente consegui juntar 3 retalhos me dei conta que já se passavam das 10. Eu me levantei anunciando que tinha que ir embora... Mari pegou um cesto com muitos retalhos mais o trabalho que eu tinha começado e me entregou...

- esta é a sua tarefa desta semana... Traga alguma coisa na próxima segunda, ta? - eu sorri e saí apressadamente. Ao chegar em casa eu tinha notado que nem havíamos tirado medidas e nem pesado. Pensei em ligar mas já era muito tarde. Cansada, eu fui dormir.

Durante a semana eu continuei anotando e como Mari tinha me dito á noite eu trabalhava nos tecidos... Aquilo me distraia de tal forma que eu nem via o tempo passar... Sem falar que eu ria da curiosidade de TJ ao ver aqueles paninhos coloridos juntos...

Ao chegar o fim de semana eu tinha percebido que não tinha havido uma única noite que eu capotara no sofá da sala. Quando eu não conseguia mais costurar eu punha o trabalho de lado e ia dormir.

No fim de semana eu não conseguira mais voltar a pegar no trabalho mas no sábado à tarde de compras não resisti ao passar em frente a uma loja de tecidos... comprei alguns retalhos que estavam na promoção tendo em vista a manta para TJ que Mari tinha sugerido.


Na segunda eu me sentia mais leve ao bater na porta do apartamento de Mari. Ela me recebeu com um grande sorriso. Sentamos começamos a conversar sobre os trabalhos e os tecidos que eu havia comprado. Uma hora depois ela me perguntou sobre o diário. Eu entreguei, orgulhosa de mim mesma pois eu tinha aumentado a quantidade de água durante o dia...

Mari não se demorou tanto desta vez e fechou o caderno com um sorriso:

- E aí? Vamos pesar? - Eu respirei fundo e subi na Balança. A voz da Mari estava bem animada.

- Olha só! Você emagreceu 2,500 kgs!

- O QUE??? Mas como?? Eu não estou fazendo dieta! - Ela sorria e anotava o peso no Diário.

- É mas parou de se entupir de doce à noite e está melhorando o seu sono... Isso influencia, sabe? - Ela depositou o diário na mesa e tirou as medidas. Mas eu não conseguia conter o sorriso! Mais de 2 kilos? Em duas semanas? Sem dieta? Estava começando a achar que era milagre ou a variação que a Mari falara da ultima vez...

- Vamos ver a sua próxima tarefa... Você está obrigada a comer uma fruta por dia... - Eu fiz uma careta.

- Eu não gosto de frutas... - Mari sorriu condescendente...

- Não é possível... tem que haver alguma que você goste! Vamos!! Não importa qual. Coma uma fruta por dia. Também não importa muito o horário... - Eu acenei com a cabeça.

- Tá... eu vou tentar... - Nesse momento ela fechou o sorriso. Foi a primeira vez (de muitas depois dessa) que eu vi a Mari séria.

- Não. Nada de tentativas. Faça ou não faça. Não há meio termo. Tentativas são ações fadadas ao fracasso. Se você fizer e não der certo, aí sim é outra história. Mas faça. Só. - Essa me surpreendeu... mesmo! Eu acenei com a cabeça e saí.

Estranhamente, foi à primeira vez que eu vi a Mari séria. E aquilo me assustou um pouco. Mas depois eu me lembrei da pesagem... Olhei para a cesta que estava em minha mão. Decidi apagar as dúvidas da minha mente. Fui ao supermercado e comprei exatamente 7 maçãs.

Naquela semana, eu IRIA comer uma fruta por dia.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Novela de uma gordinha... - 1° parte

Sem muito o que dizer ultimamente encontrei essa "novela" no meu HD externo... vamos ver se com ela eu encontro o meu Ganesha interior...


A Aposta.
- O que??? Eu DUVIDO!!! - Essa foi frase que eu recebi na mesa quando anunciei que não iria comer a batata frita porque eu estava de dieta. Aquilo me doeu tanto os ouvidos que me deu vontade de ir ao banheiro e vomitar tudo que eu havia comido e bebido no bar aquela noite. Mas baixei a cabeça me resignei... não era a primeira vez que eu anunciava às minhas amigas que eu estava de dieta. Principalmente nos meus maus distribuídos 125 kgs em 1,65 de altura, em 32 anos de vida e 22 contra a balança.  Todas as sextas nos juntávamos desde a faculdade para conversar e botar fofoca em dia. Eram sempre nós 4 falando de marido, carreiras, trabalho e por aí vai.. Carla* continuou a falar... 
- Você não perde peso nem com reza brava! Para que ainda se tortura com isso? Você é casada e tem 32 anos... nunca vai voltar a ter corpinho de 20... -

"Belas amigas..." Pensei enquanto terminava o meu refrigerante diet. Mas uma voz desconhecida que até então não tinha se pronunciado falou. 
- Boto fé! A quanto quer chegar? - Eu a encarei com sérias dúvidas... mas não havia ironia na sua voz.
- A 60. que é o corpo com o qual me casei... - chuva de risadas na mesa... eu fiquei mais vermelha ainda. Mas a mulher à minha frente não riu. Ela pegou a água a sua frente e bebeu um gole. - é muito... em quanto tempo? - A minha voz sumia cada vez mais. - Não sei bem. Talvez 6 ou 7 meses. - A outras ainda me olhavam com tom de zombaria.  Carla se virou para a novata da mesa. Mari* se eu não me engano... 
- Creio que você não conhece a Nara*.... Ela faz dietas desde que eu a conheço por gente... ela NUNCA emagreceu mais que 5 kgs! - Carla tinha razão... as outras começaram a rir baixinho das minhas outras tentativas. A única coisa que não havia tentado era a cirurgia. E eu estava deveras tentada a fazer, nessa altura...
- Se ela realmente quiser ela consegue. - Com essa a Mari havia conseguido a minha atenção. 
- Como assim? SE eu realmente quero??Mas eu quero! É o que eu sempre quis! - Acho que falei num tom mais alto que deveria, pois muitas mesas olharam para a gente.  
Mari me encarou. Ela tinha um olha calmo, que passava serenidade apesar de ser firme.
- Ta bom. Então você vai conseguir emagrecer... - Carla soltou uma gargalhada.
- Não... ela não consegue não! - nisso Mari a interrompeu.
- Você quer apostar? - Carla ainda ria da situação.
- Vai perder dinheiro... Mas eu estou disposta a ganhar! O que vamos apostar? - Mari começou a brincar com o copo.
- Que tal um banho de loja? Para mim e para ela, pois ela vai precisar depois que emagrecer! - Carla riu. 
- Ok. SE Nara perder peso, eu pago o tal banho de loja. Mas e eu? O que eu ganho?
- Tenho como conseguir uma casa de praia. Você vai, por minha conta... - Eu fiquei chocada com essa. E ela conseguiu a atenção de todas da mesa. Carla se inclinou para frente.
- E eu posso levar quem eu quiser? 
- Pode sim. Mas antes vamos perguntar para a maior interessada nessa história. E aí, Nara? Topas? - eu ainda estava sem fala. Mas o ar zombeteiro das outras na mesa me fizeram tomar a decisão. 
- TOPO!
Elas conversaram primeiro os termos da tal aposta. Chegar até 60 em janeiro era meio impossível, de acordo com Mari. Mas chegar a 100 era perfeitamente possível para quem trabalha e não tem nem tempo nem dinheiro para se enfiar num SPA. Eu tinha 6 meses pela frente. E uma pessoa resistente a dietas como eu... 
- mais uma coisa antes. Eu vou marcar um médico. Se ele disser que não há nada de errado com a saúde dela, a aposta ta fechada! - Mari ainda mantinha a serenidade e a calma que apresentara desde o início da conversa. Mas estava animada. 
Na segunda seguinte eu fui ao tal médico junto com a Carla e a Mari. Eu havia esquecido de como eram chatas essa bateria de exames e tudo mais. Mari me fez trazer os antigos exames e de todos os médicos que eu havia passado. Fora colesterol alto (relativamente normal para alguém com o meu peso) não havia nada de errado com a minha saúde ou parte hormonal. Depois do retorno, Mari disse que iríamos começar no domingo. 
Já havia adiantado para ela tudo que eu havia feito para emagrecer. Milhões de empresas para emagrecimento que eu tinha procurado e seguido o programa.  Ela sorriu e disse. 
- Não precisa repetir. Eu ouvi o que você disse ao médico. Comece com a medicação que ele te passou. E antes que eu me esqueça.... - Ela tirou um fichário pequeno com um elefantinho na capa. - Isso é pra você. - Eu ri de início, pensando "Bem providencial!" Eu abri temendo que tivesse kilos de receitas diets, dietas, programas de exercícios e o escabau que nos empurram quando estamos tão desesperadas para emagrecer. Para a minha surpresa eram folhas em branco, com cores diferentes.
- Esse vai ser o seu diário. Aqui você vai colocar o que comeu, quando comeu, porque comeu, se estava com fome ou não, e se sentiu satisfeita depois de ter comido.  
 Essa era nova para mim. Eu perguntei. - E a dieta? - Ela riu.
- Esquece dieta por enquanto! - Ela abriu na parte bege do fichário. - quando beber água, marque aqui, ta? E nunca beba menos que 200 ml a cada marca.
- E o lance de litros diários? 
- Esquece isso também. E aqui.... - Ela abriu em uma parte onde as folhas eram azuis. - é onde vão ficar as suas tarefas, peso e o mais que a gente fizer para te acompanhar, o que você anda sentindo nesse período... TUDO! Esse é o seu novo amigo! E está é a sua primeira tarefa... - No alto da primeira página além de algumas coisas que pedia, estava a pergunta "POR QUE EU QUERO EMAGRECER?" 
- Tem limite? - Ela sorriu.
- Não. Mas se você não tiver um motivo suficientemente forte para emagrecer você não emagrece... E vamos devagar... confie em mim! Nada de dieta, nada de controlar o que você come, nada! Apenas... escreva! - Ela me deixou em casa. Meu marido apenas murmurou "Novo médico? Tá fazendo dieta de novo?" Eu soltei um não bem seco e fui para o quarto morrendo de ódio. Separei a roupa que eu iria tirar a foto no dia seguinte com a Mari. Mas aquilo me fez pensar. Sem dieta, sem controle de calorias, nada. Apenas seguir a medicação do médico? Eu não ia emagrecer 1 grama! Mas as palavras de Mari ecoaram na minha mente "confie em mim!" 

No dia seguinte, anotamos medidas e tiramos várias fotos. Com roupa normal e maiô. Confesso que me senti meio ridícula... Aquilo mais parecia um documentário de tv que a minha vida.  Anotamos tudo na parte azul do tal diário...  E colocamos as fotos junto com as medidas.

Durante a semana eu anotava, absolutamente tudo. Havia momentos que eu não sabia bem o que anotar em "o que estou sentindo" mas procurava ser sincera. Não sabia bem onde a Mari queria chegar. Não sabia mesmo...

[Fim da primeira parte]